O sono do peregrino

 Fui ao Santuário 

Para pagar uma promessa 

Quando lá cheguei, 

Vi que tinha gente a beça...

E de repente, me deparo, 

Em meio a multidão,

Com um cansado peregrino

Que dormia profundamente 

Estirado alí no chão...

Olhei e fiquei pensando,

Será que ele tem dono?

Ou foi vítima de abandono?

Será que caminhou muito 

E ficou extenuado?

E por isso dorme assim 

Sobre o piso, bem largado: 

Esse sono abençoado...

Quando dei por mim,

Percebi que estava 

Sentindo inveja 

Do sono sagrado  

Dàquele 🐕‍🦺 cão!

Rapidamente olhei pra Santa 

E pedi perdão!

Leninisia Alencar 

( Coisas da casa da mãe)

A chucha esquecida

 De quem será essa chupeta

Esquecida na janela?... 🪟

Será que não tem ninguém 

Sentindo a falta dela?...

É uma boa chupeta!

Ela tem a base branca

Em formato de borboleta 🦋

Na pega há dois peixinhos

E mais três coraçõezinhos

Porque será que esqueceram

Ela assim sozinha, a toa?

Será que alguém achou

Que ela não fosse boa?...

Ela está ali esquecida

Se sentindo toda oca

O que ela queria mesmo 

Era entrar em alguma boca 👶

Leninisia Alencar 

Rap de um fujão

De quem é esse menino

Que fugiu, que fugiu?

Entrou na minha sala

E em tudo ele buliu!

Eu disse sai muleque!

E ele não saiu;

Me olhando de soslaio

Simplesmente ele riu ...

E chegou a professora

Que logo interagiu:

Me dê esse menino,

Que todo mundo viu 

Que foi da minha sala

Que ele escapuliu:

Foi levando o garoto

Que era bem maroto

E por isso ele sumiu!

Agora mais tranquila,

Agradecida ela sorriu...

Leninisia Alencar 

(Numa escola 🏫 temos a criança nossa de cada dia...)

À Cezar

A Cezar o que é de Cezar!

Lá vai Cezar

Que não é 

Um imperador romano.

Mas se eu não me engano,

Ele é aquele cara

Que ficou boa parte do ano 

Passado e do ano começado,

Sentado numa cadeira:

Tendo a maior trabalheira

Pra resolver

Todo tipo de pepino...

Mas agora ele se vai

Vai cumprir o seu destino.

Vá Cezar! E seja feliz

Feliz como um menino.

Para nós, 

Somente lhe peço:

Nos alegre 

Com o teu sucesso!

É o que todos te desejam.

Boa sorte Cezar!

Obrigado por tudo. 

Ave, Cezar!

Os que ficam te saúdam.

Leninisia Alencar

( Há um querido colega e amigo que vai trilhar novos caminhos)

O vestido preto

 A Maga Lu 

Aquele vestido preto,

Que se destacava no ambiente 

Em meio à tanta gente

De repente,

Se pôs em movimento

Arrastando a multidão

Para dar explicação

Sobre os segredos da poção

Do assunto em questão...

Entraram todos na sala

Para ouvirem à sua fala:

Ela falava com eloquência,

Esmiuçando toda a ciência

Necessária à discussão.

Mas ao seu lado,

Havia um ventilador

Que girava sem parar

Circulando todo o ar

E como que de pirraça,

Fazia todo o vestido preto

Esvoaçaaaaaar;

Não, não era uma cena trágica.

A mestra, com a sua boa dicção,

Completou a formação

E em meio à 🌬️ ventania

Nos deu dicas sobre a mágica!

Leninisia de Alencar

(Que tenhamos um bom ano Luciana)

A gota d'água 💦

 O pano estendido no chão

O balde em cima do pano

O teto acima de todos

Pingando água de montão

Ah! Mas isso não é bom; 

Cair esse tanto de gotas 

No meio dum corredor

Onde há um fluxo intenso 

De garotos e garotas:

Que passam de forma veloz  

Com suas ideias marotas 

Afinal, são quatro baldes

Pra conter toda à goteira 

Se a chuva não passar logo🌧️ 

Vai começar a zoeira 

Leninisia Alencar 

O batalhão e o desejo da velhinha

Há anos, que passo 

Por aquele batalhão

Cheio de soldados,

Todos fardados 

E empunhando arma na mão 

São homens altos, 

Fortes, bonitos e sarados

Em sua maioria, 

Jovens e de belo porte 

Cujos cabelos, 

Têm o mesmo corte

O que os tornam admirados 

Às vezes, me nasce um desejo, 

Uma vontade incontrolável; 

Quando olho para aquele jardim

É algo que desperta em mim;

Uma espécie de coceira:

De me abaixar bem na frente deles

E estender a minha mão 

Só pra roubar um botão

Do lindo pé de  roseira

Uuuiii! Só de pensar,

Chega dá tesão ❤️

Leninisia Alencar