Meditação inversa

Vontade de chutar o balde,
Enfiar o pé na jaca,
Entornar de vez o caldo
E chutar o pau da barraca!

Dar às costas e sair andando;

Deixar todo mundo falando...
Com toda pose, virar a casaca;

Deixar de ser babaca!

Se livrar dessa inhaca

E mandar todo esse sistema 

Lá pra "saca do lhoraca"!!!

Leninisia Alencar

Esquecida pelo Céu

Houve  queda de muitas árvores
Dizem, que foram mais de mil...
Tombaram muitos postes,
E boa parte da rede elétrica caiu!

Foram abaixo muitas pontes,
Jorrou água aos montes
E uma enorme cratera se abriu!
Pessoas nadavam no asfalto,

Porque o nível ficou muito alto

E a rua se transformou em um rio...

Tudo isto,
Por causa de uma forte tempestade
Que inundou toda a cidade!

Choveu muito,choveu de dia
Choveu, à noite, tarde inteira...

Mas acredite, não pingou uma única gota
Nos arredores da Cantareira!

Leninisia Alencar

Brindando perigosamente

Viva o Sommelier!

Que espantou a ilusão
Ele ensinou pra bela
Que um real sentimento,
Se vive fora da tela

E também mostrou à ela
Que a verdadeira emoção,
Que dispara o coração
Só pode ser àquela:

Que durante a vibração
Acende-se a luz
E abre-se a janela
Sem pensar na exposição

Salve o Sommelier!

Que vive a brindar a vida
Ele atravessa a avenida,
Sem medo, se nela está caída
A rede de fios de alta tensão! 

Lennisia Alencar

(Para àqueles  que tem a coragem de se arriscar para viver os prazeres que a natureza oferece!|)

Em algum lugar do Universo

A aeronave

Branco, Vermelho e Verde
São as cores do avião
Que transita lá no Céu;
Deslizando sobre as nuvens
Sumindo na imensidão...

Voa alto, muito alto
Vai pra longe, muito longe...
Qual será a sua direção?

Será no sentido do Sol,
Passando por Vênus e Mercúrio?

Ou será no sentido à Marte,
Atravessando Saturno, 
Cortando por Urano 
Até chegar em Netuno?

Nada disso!
Ele vai para uma Terra distante
Aonde vive um pequeno príncipe
Chamado Nuno!!!

(Pra Nuno Fernando com amor e carinho de sua avó brasileira)

Leninisia Alencar