Ela gosta do vento
Ela brinca com o vento
Ela pode senti-lo,
Ela tenta toca-lo,
Até parece dançar
Com o seu movimento.
No seu balbuciar,
Mostra o contentamento...
...Nesse exato momento,
É somente o vento
Que pode adentrar
Pelo seu pensamento...
Ela corre, ela pula,
Faz a roda e gira
Abre bem os seus braços
E com os olhos fechados
Dá um belo sorriso
E profundo respira...
Tem total liberdade
Pra demonstrar alegria;
Traz a felicidade
Junto com a ventania
Assim é Sofia!
Leninisia Alencar
(Sofia é uma menina de 5 anos, é autista e não fala: ela adora o vento )
sábado, 24 de setembro de 2016
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Benedito e a flor
Benedito recebeu um presente:
Uma flor especial
Tão sensível e delicada,
Dentro de um vaso de cristal
Acompanhava um cartão,
Que trazia algo escrito
Era sobre a atenção
Que deveria ter Benedito
Nos cuidados com a flor
A mensagem ressaltava
A importância do amor
O cartão
"Para ser observada,
Tem que se olhar com o coração
E só pode ser cuidada,
Com a alma em devoção"
Benedito ficou feliz
E no seu tom costumeiro,
Disse bem assim:
-Esta flor, não é só para mim,
Não pertence a um só canteiro,
Ela é de todo o jardim!
E vai florir em nosso quintal
Num desabrochar natural...
Leninisia Alencar
(A EPG Benedito Vicente de Oliveira recebeu nesse segundo semestre uma aluna com autismo, a experiência está sendo um grande aprendizado para todos)
Uma flor especial
Tão sensível e delicada,
Dentro de um vaso de cristal
Acompanhava um cartão,
Que trazia algo escrito
Era sobre a atenção
Que deveria ter Benedito
Nos cuidados com a flor
A mensagem ressaltava
A importância do amor
O cartão
"Para ser observada,
Tem que se olhar com o coração
E só pode ser cuidada,
Com a alma em devoção"
Benedito ficou feliz
E no seu tom costumeiro,
Disse bem assim:
-Esta flor, não é só para mim,
Não pertence a um só canteiro,
Ela é de todo o jardim!
E vai florir em nosso quintal
Num desabrochar natural...
Leninisia Alencar
(A EPG Benedito Vicente de Oliveira recebeu nesse segundo semestre uma aluna com autismo, a experiência está sendo um grande aprendizado para todos)
domingo, 28 de agosto de 2016
Angela Maria
Quando chego pela manhã
E olho todo o pessoal
Em meio a criançada
Sinto uma falta danada
Da mulher de avental...
Ela, com seu avental lilás
Sempre ao lado do balcão
Servindo a todos com um sorriso,
Com seu grande coração
E sua alma tão capaz
De fazer o bem preciso
Sem deixar ninguém pra trás!
Que saudades do seu abraço,
Da sua amizade,
Da sua companhia...
Mas como creio na eternidade,
Sei que nos encontraremos um dia.
Leninisia Alencar
(Para Angela Maria, com carinho e com saudades de tudo de bom que vivemos)
E olho todo o pessoal
Em meio a criançada
Sinto uma falta danada
Da mulher de avental...
Ela, com seu avental lilás
Sempre ao lado do balcão
Servindo a todos com um sorriso,
Com seu grande coração
E sua alma tão capaz
De fazer o bem preciso
Sem deixar ninguém pra trás!
Que saudades do seu abraço,
Da sua amizade,
Da sua companhia...
Mas como creio na eternidade,
Sei que nos encontraremos um dia.
Leninisia Alencar
(Para Angela Maria, com carinho e com saudades de tudo de bom que vivemos)
sábado, 28 de maio de 2016
A caixa de papelão
A caixa de papelão
Que vira barco,
Vira avião
Que vira carro
E caminhão
Vraaaauuuuummmm
A caixa de papelão
Onde navego
Na embarcação
Levanto voo,
Saio do chão:
Usando as asas
Da imaginação...
Na caixa de papelão
Piso bem fundo,
Caio no mundo
E vou me embora
Pelo estradão:
Toco buzina
Faço barulho
Entro nas curvas
Sou eu que mando
Na direção...
A caixa de papelão
Vira uma casa,
Uma cabana,
Uma choupana
Como é bacana
Minha mansão
Eu entro nela
E não saio não!
(Para Nuno Fernando, meu neto amado)
Leninisia Alencar
Que vira barco,
Vira avião
Que vira carro
E caminhão
Vraaaauuuuummmm
A caixa de papelão
Onde navego
Na embarcação
Levanto voo,
Saio do chão:
Usando as asas
Da imaginação...
Na caixa de papelão
Piso bem fundo,
Caio no mundo
E vou me embora
Pelo estradão:
Toco buzina
Faço barulho
Entro nas curvas
Sou eu que mando
Na direção...
A caixa de papelão
Vira uma casa,
Uma cabana,
Uma choupana
Como é bacana
Minha mansão
Eu entro nela
E não saio não!
(Para Nuno Fernando, meu neto amado)
Leninisia Alencar
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Um conto de retalhos
As fadas fizeram uma festa
Bem no meio da floresta
E todo mundo foi convidado
Chamaram todos os bichos
E os seres encantados
Queriam a presença de todos,
Que ninguém ficasse de lado!
O lobo que estava banguela,
Não queria ir assim
E com sua cara cor de flanela,
Sonhou com dentes de marfim
Mas por fim,
Acabou se conformando
Com um par de dentes branquinhos
Feitos de fitas de cetim:
Se sentiu tão bonitinho
Que até ajeitou o focinho
E se pôs bem comportado
Ao lado dos três porquinhos
Que estavam bem arrumados.
Ele ficou todo encantado
Com a capa da chapéuzinho
Que reluzia um forte brilho
Do dourado do fitilho
Colocado pela vovó
Num capricho que só.
O gato Baldio,
Que era muito vadio
Viu tudo pela janela
Logo pensou,
Ah, isso não fica assim
Acham que esqueceram de mim?
Vou mostrar do que estou afim!
Resolveu virar uma onça.
Ele lembrou de umas mulheres
Que possuem uma enorme caixa,
Uma verdadeira geringonça
E então pediu para elas
Se podia pegar uns retalhos
Para fazer umas pintas amarelas
Foi lhe dado o consentimento,
Levasse o que quisesse
Sem o menor constrangimento.
Bastou modelar em cortes,
Que já se sentiu
No reino dos mais fortes
Caprichou bem nos retoques
E todo cheio de não me toques,
Audacioso como os meninos
Virou o mais bravos dos felinos
Grrrrrrraaaauuuuummmm!
Branca de neve,
Teve seu vestido ajustado
Saiu um buchicho;
Que havia rasgos por todo lado
Dizia-se que o vestido,
Estava todo descosturado
Porque Branca de Neve,
Já não era mais assim tão leve...
"Falavam que ela,
Estava bem fofucha
De tanto comer as maças
Que eram entregues pela bruxa!
Que coisa mais louca
Cala-te boca..."
Os sete anões,
Que adoravam confusões
Foram defender a amiga
Empunharam seus martelos
E partiram atrás de uma boa briga
Entraram até nos castelos 🏰
"Usavam gorros novos e coloridos
Pois acabara o pano vermelho
E usaram-se outros tecidos"
Só acalmaram os alaridos
Quando se deram por vencidos
"Pelo cansaço é lógico!"
Pinóquio,
O boneco saltitante
Ganhou um traje
Para lá de interessante;
Usava seu lindo chapéu
De um azul da cor do céu
E todo feito de papel
Ele cantava e dançava feliz
Com o seu diferente nariz
Eita, que essa festa,
Parece que foi boa!
Teve até pato fora da lagoa!
Conta-se, que João,
Aquele, do Pé de feijão
Chegou rico e rindo a toa.
Leninisia Alencar
Bem no meio da floresta
E todo mundo foi convidado
Chamaram todos os bichos
E os seres encantados
Queriam a presença de todos,
Que ninguém ficasse de lado!
O lobo que estava banguela,
Não queria ir assim
E com sua cara cor de flanela,
Sonhou com dentes de marfim
Mas por fim,
Acabou se conformando
Com um par de dentes branquinhos
Feitos de fitas de cetim:
Se sentiu tão bonitinho
Que até ajeitou o focinho
E se pôs bem comportado
Ao lado dos três porquinhos
Que estavam bem arrumados.
Ele ficou todo encantado
Com a capa da chapéuzinho
Que reluzia um forte brilho
Do dourado do fitilho
Colocado pela vovó
Num capricho que só.
O gato Baldio,
Que era muito vadio
Viu tudo pela janela
Logo pensou,
Ah, isso não fica assim
Acham que esqueceram de mim?
Vou mostrar do que estou afim!
Resolveu virar uma onça.
Ele lembrou de umas mulheres
Que possuem uma enorme caixa,
Uma verdadeira geringonça
E então pediu para elas
Se podia pegar uns retalhos
Para fazer umas pintas amarelas
Foi lhe dado o consentimento,
Levasse o que quisesse
Sem o menor constrangimento.
Bastou modelar em cortes,
Que já se sentiu
No reino dos mais fortes
Caprichou bem nos retoques
E todo cheio de não me toques,
Audacioso como os meninos
Virou o mais bravos dos felinos
Grrrrrrraaaauuuuummmm!
Branca de neve,
Teve seu vestido ajustado
Saiu um buchicho;
Que havia rasgos por todo lado
Dizia-se que o vestido,
Estava todo descosturado
Porque Branca de Neve,
Já não era mais assim tão leve...
"Falavam que ela,
Estava bem fofucha
De tanto comer as maças
Que eram entregues pela bruxa!
Que coisa mais louca
Cala-te boca..."
Os sete anões,
Que adoravam confusões
Foram defender a amiga
Empunharam seus martelos
E partiram atrás de uma boa briga
Entraram até nos castelos 🏰
"Usavam gorros novos e coloridos
Pois acabara o pano vermelho
E usaram-se outros tecidos"
Só acalmaram os alaridos
Quando se deram por vencidos
"Pelo cansaço é lógico!"
Pinóquio,
O boneco saltitante
Ganhou um traje
Para lá de interessante;
Usava seu lindo chapéu
De um azul da cor do céu
E todo feito de papel
Ele cantava e dançava feliz
Com o seu diferente nariz
Eita, que essa festa,
Parece que foi boa!
Teve até pato fora da lagoa!
Conta-se, que João,
Aquele, do Pé de feijão
Chegou rico e rindo a toa.
Leninisia Alencar
sexta-feira, 15 de abril de 2016
Pela culatra
Juca Pindunca,
Sempre cutuca
O Zeca Bituca
Para juntos fazerem
Uma boa muvuca.
Tiveram uma vez,
Uma ideia maluca
Para pregar uma peça
Na turma que batuca.
Então prepararam
Uma bela arapuca
Mas saiu tudo errado
E levaram na nuca;
Sofreram um ataque
De uma pá de mutuca
Tropeçaram, caíram
E racharam a cuca!
Leninisia Alencar
Sempre cutuca
O Zeca Bituca
Para juntos fazerem
Uma boa muvuca.
Tiveram uma vez,
Uma ideia maluca
Para pregar uma peça
Na turma que batuca.
Então prepararam
Uma bela arapuca
Mas saiu tudo errado
E levaram na nuca;
Sofreram um ataque
De uma pá de mutuca
Tropeçaram, caíram
E racharam a cuca!
Leninisia Alencar
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Festejando a vida
A mulher sorriso
Foi lá para o quintal
Recolher toda roupa
Que estava no varal
Cantando e dançando
Ela se pôs a dobrar
Aquele monte de peça
E fazendo uma pilha
Sobre sua cabeça
Bem feliz a brincar
Com a criançada travessa
Que olhavam para ela
Através da janela
E sorriam contentes
Pois achavam legal
A moça sorridente
A dançar no quintal
Leninisia Alencar
(Para nossa querida Dilenice Chaves que é a alegria em pessoa)
Foi lá para o quintal
Recolher toda roupa
Que estava no varal
Cantando e dançando
Ela se pôs a dobrar
Aquele monte de peça
E fazendo uma pilha
Sobre sua cabeça
Bem feliz a brincar
Com a criançada travessa
Que olhavam para ela
Através da janela
E sorriam contentes
Pois achavam legal
A moça sorridente
A dançar no quintal
Leninisia Alencar
(Para nossa querida Dilenice Chaves que é a alegria em pessoa)
sexta-feira, 1 de abril de 2016
Deixando saudades
A MOÇA SE FOI
DEIXANDO PRA TRÁS
TUDO AQUILO QUE SE FAZ...
LEVOU TANTA EXPERIÊNCIA
PRA SOMAR À SUA DECÊNCIA.
SENTIREMOS SAUDADES
DOS SEUS OLHOS MORENOS,
SEU SORRISO TÃO MEIGO
A CANTO PEQUENO
DA SUA VOZ SUAVE,
DE PALAVRAS CALMAS
E SEU OLHAR SERENO
NÃO VEREMOS MAIS
SEUS CABELOS DE ÁGUA
COMO RIO QUE DESÁGUA,
SEUS GESTOS DELICADOS
COMO UM AMANHECER
DE NEBLINA
QUANTAS SAUDADES TEREMOS
DA NOSSA QUERIDA MENINA
"ELA NEM SABE,
QUE AO IR EMBORA
PARTIU O CORAÇÃO
DE UMA VELHA SENHORA"
Leninisia Alencar
(Para nossa querida amiga Vânia Madeira que foi levar toda sua experiência, carinho e doçura para outra escola)
DEIXANDO PRA TRÁS
TUDO AQUILO QUE SE FAZ...
LEVOU TANTA EXPERIÊNCIA
PRA SOMAR À SUA DECÊNCIA.
SENTIREMOS SAUDADES
DOS SEUS OLHOS MORENOS,
SEU SORRISO TÃO MEIGO
A CANTO PEQUENO
DA SUA VOZ SUAVE,
DE PALAVRAS CALMAS
E SEU OLHAR SERENO
NÃO VEREMOS MAIS
SEUS CABELOS DE ÁGUA
COMO RIO QUE DESÁGUA,
SEUS GESTOS DELICADOS
COMO UM AMANHECER
DE NEBLINA
QUANTAS SAUDADES TEREMOS
DA NOSSA QUERIDA MENINA
"ELA NEM SABE,
QUE AO IR EMBORA
PARTIU O CORAÇÃO
DE UMA VELHA SENHORA"
Leninisia Alencar
(Para nossa querida amiga Vânia Madeira que foi levar toda sua experiência, carinho e doçura para outra escola)
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Gestação no tellhado
O teto da quadra,
fora fertilizado
Está com uma protuberância
que me deixa assustado
A cobertura ficou grávida
com o forte calor do sol
e a força da chuva impávida!
Ficando assim, com uma
aparência ávida...
Cada vez que a água desce,
a barriga da lona cresce
Temos que aguardar com calma
Para ver o que acontece...
Leninisia Alencar
fora fertilizado
Está com uma protuberância
que me deixa assustado
A cobertura ficou grávida
com o forte calor do sol
e a força da chuva impávida!
Ficando assim, com uma
aparência ávida...
Cada vez que a água desce,
a barriga da lona cresce
Temos que aguardar com calma
Para ver o que acontece...
Leninisia Alencar
domingo, 21 de fevereiro de 2016
Aaaaai!!!
Que dor que não passa...
Me pega e se engraça
Coisa mais sem graça!
Uma verdadeira farsa
Toma o corpo,
Já me embaça,
Me engaça,
Me arregaça.
Parece que quer
Dar fim na carcaça!
E me fazer virar fumaça!
Me pega e se engraça
Coisa mais sem graça!
Pousa manso feito garça...
Uma verdadeira farsa
Toma o corpo,
Toma a alma
Quando vê,
Quando vê,
Já me embaça,
Me engaça,
Me arregaça.
Parece que quer
Dar fim na carcaça!
E me fazer virar fumaça!
Passa!
Leninisia Alencar
Leninisia Alencar
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
A chave
A chave da porta
A chave que é torta
A chave que entorta
Não importa;
Ela não corta!
Não corta os sonhos
Dos lábios risonhos:
Ela abre castelos
De mundos tão belos...
A chave da porta
Que é torta,
Que entorta,
Que não corta,
Não importa!
Ela está na mão
De um menino
Que é bem pequenino
Leninisia Alencar
(Para o meu neto Nuno Fernando, que adora pegar as chaves e sair abrindo tudo o que ele imagina ser a porta de saída.)
A chave que é torta
A chave que entorta
Não importa;
Ela não corta!
Não corta os sonhos
Dos lábios risonhos:
Ela abre castelos
De mundos tão belos...
A chave da porta
Que é torta,
Que entorta,
Que não corta,
Não importa!
Ela está na mão
De um menino
Que é bem pequenino
Ele fez uma descoberta,
Sobre a chave que o liberta
Leninisia Alencar
(Para o meu neto Nuno Fernando, que adora pegar as chaves e sair abrindo tudo o que ele imagina ser a porta de saída.)
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