quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

De ponto a ponto nasce um conto

O remendo da emenda
Que remenda
A tremenda renda
Que se tornou o forte tecido
Depois de envelhecido:
Diz à costura
Que distenda ou se renda!
 Fecha aqui, cerzi ali.
Troca a agulha, enfia a linha,
Rebobina!
E a pobre velha cortina
Ao se ver cheia de trilhos
Se lamenta murmurando:
-Nossa!!!
Me fizeram tantas pensas
Que mais pareço um espartilho...
-Eu que fui tão bela
Esvoaçava na janela
Tenho o direito de dizer, não!
Está mais do que na hora
De eu virar pano de chão!!!

Leninisia Alencar
( concerto das cortinas da escola. EPG Benedito Vicente de Oliveira)

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