quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Na convivência do dia-a-dia

Agentes de portaria

Abrem-se os portões
E começa a alegria
Alguém organiza a entrada
Para início do nosso dia
Legal a hora da chegada
Com o Agente dizendo, bom dia!

Cozinheiras

Aquelas mulheres de branco,
Que a gente vê lá do banco
Usando chapéu colorido;
Elas fazem tremendo alarido
Com suas imensas panelas.

Quando vamos nas janelas 
Pegar o alimento gostoso
É tão bom receber no balcão
Aquele olhar carinhoso 
Que nos aquece o coração

Pessoal da limpeza

As moças que vestem azul,
Trazem sempre um sorriso no rosto
E um gesto amigo na mão
Arrumam tudo com gosto
Na maior descontração

Vivem fazendo espumas
Às vezes parecem fadas
Deslizando na água e sabão
Nossa escola é sempre bem limpa
Brilham as mesas e brilha o chão.

Administração

Numa escola tem muita gente:
Nos ensinam, as professoras
Nos atendem, os assistentes
Os apoios, sempre presentes
Nos ajudam as coordenadoras
E temos a vice e a diretora


Leninisia Alencar

(Homenagem dos alunos do 1° Ano para os funcionários da EPG Benedito vicente de Oliveira)


O quintal do Benedito

Tem morango, tem limão,
Pimenta bem colorida
Do tipo que é bem ardida,
Tomate e manjericão

Hortelã com alecrim,
Salsa verde no jasmim
Flores branca, vermelha e rosa
Primaveras junto às rosas

Afinal, o que que é isto,
Uma horta ou um jardim?!
Se eu te contar, você se assombra...
Arvoredos que dão sombras,

Gente no pé de goiaba,
Tem colheita de pitanga,
E um carregado pé de manga.

Fizeram festa na escola
Com um prato de acerola!


Leninisia Alencar


sábado, 22 de novembro de 2014

Incógnita

Um ser sem perfil,
 Vela sem pavio,
Um não sem til
Que mentiu
Que não viu,
Que não sentiu
O poço vazio,
O leito sem rio,
O inverno sem frio
E o sol arredio...
Que não deu um pio
Quando ouviu
O assovio 
Do vento vadio
A fazer rodopio
No terreno baldio
Em pleno tempo estio
Há estar por um fio.
Então fingiu
Que ajuda pediu
Depois fugiu
E pra sempre sumiu!


Leninisia Alencar


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Elo de amor

Ao te olhar
Naquele pequeno leito,
Pulsou forte dentro do peito!
Nunca pensei, que fosse 
 Amar alguém desse jeito...

Senti vencido  todo cansaço
Ao envolvê-lo no meu regaço
...Ainda sonho com a emoção
De carrega-lo em meus braços...

 ...Ah, esse amor...
Que nasceu antes de sua existência,
Vai sempre me acompanhar
Na eternidade da minha essência...

...Apesar de toda distância,
Apesar não ver sua infância,
Acredite, contigo estarei
Em todas as instâncias
E em qualquer circunstância...
 
                     Te amo

(Para Nuno Fernando meu neto)

Leninisia Alencar

Pesadelo

Quando medonho
Está mais risonho
Que o normal,
O desespero é geral!
Pois todos sabem
Que é interminável
Esse terrível sonho
E que o indomável
E temível bisonho
Jamais, 
fica tristonho...


Leninisia Alencar


(Abençoadas sejam as professoras!)

Despertar sem beijo

Mafalda
Era uma fada
Disfarçada 
De menina 
Encantada
E andava
De mão dada
Com uma 
Princesa alada
Um dia, 
Deeeeeu risada...
Daquela vida 
Engraçada,
Já não restava
Mais nada;
Viu que estava
Acordada,
Levantou-se
E seguiu a 
Sua estrada

Leninisia Alencar



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Despedida

Berçário

Primeiro eu chorava
A chupeta caía
No carrinho eu ficava
Então alguém cantava
E logo eu dormia.

Berçário 2

Vieram as brincadeiras
Eu só pulava e corria
No meio de tantos brinquedos,
Um mundo de fantasias
E tudo era alegria.

Maternal

Na ponta dos dedos a tinta
E a curiosidade que pinta
A palma da mão no papel
Fazia artes na sala
Brincando de carrossel.

Estágio 1

O lápis que na mão eu tenho
Vou colorindo o desenho,
Contornando toda figura,
Do jeito que estou esperto,
Às vezes ninguém me segura!

Estágio 2

Escrevo meu nome inteiro
Diferencio letras de números
Vou lendo algumas palavras
Entendo o abecedário,
Conheço o meu aniversário!

1° Ano

Já sei o dia e a hora,
A semana, o mês e o ano
Sou capaz de fazer contas
E contar histórias de faz-de-conta
Terminei o 1° Ano...

...Sei que dei muito trabalho
Precisei e recebi atenção
Por isso agradeço a escola
Benedito Vicente de Oliveira
De todo o meu coração!

(Para despedida da turma da professora Elizabete Ferreira)

Leninisia Alencar

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Cortadas da vida

Sonhava contar uma história;
Usando a imaginação como transporte
Se pôs a viajar no enredo
Mas chegou uma tesoura atrevida
E se enfiou entre os seus dedos.
Desceu depressa pra vida
Antes que levasse um corte!

Leninisia Alencar

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Karma

Sempre me pergunto,
O que foi que fiz
Pra te merecer como amigo?
E o que teria feito tu,
Pra merecer tal castigo?
Me diz?...

Leninisia Alencar

(Para Andreia Paixão, minha amiga)

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Passagens

Partiu o jovem guerreiro...
Levando consigo
as lembranças de amigos
Deixando conosco a saudades
de um bom companheiro.

...Vá! E seja feliz
Siga seu destino!
Um último pedido,
Tão cedo não perda
Sua essência de menino...

Leninisia Alencar

( Ao querido amigo Gesse)

sábado, 1 de novembro de 2014

Falha nossa

O que deu errado na raça
É que desandou a massa 
Na hora da preparação
Era boa a intenção.
Mas devido ao desando,
Tão cedo esta pobre
 Não saberá,
O que é a perfeição.

Leninisia Alencar

Madona mia

...Eis que te vejo
E já me assoma um  lampejo
De correr em direção
No sentido àquele vão
O que mais desejo  
E ter seu abraço,
Ganhar o seu beijo
E lhe falar do meu bem  querer...

...Estamos em situações opostas,

Você está de costas
E não pode me ver!

Ainda sou tão pequeno

Nem sei contar até dez...
Mas sei o quanto te amo!
Então passo pertinho,
Ando devagarinho
Te admirando 
Da cabeça aos pés...


Leninisia Alencar


( O filhinho de uma professora no refeitório olhando a Mãe com seus alunos)

Quadro Moça comendo pitanga:

Cenas do cotidiano
  
O que o poeta diria
 Se olhasse o quadro do dia?

... Num mundo de tanta zanga,
Ver a moça de azul
Tão viçosa e sorridente
Desfrutando alegremente
Da colheita de pitanga...


Leninisia Alencar

(Um beijo para minha amiga Dilenice Chaves que foi a musa inspiradora desta poesia)