Havia um menino no meio do caminho...
Que no parque
E na quadra
Em meio aos brinquedos
Na maior gritaria
No refeitório, na sala
Comandava a folia...
Ele parava
Assim que a via
E a senhora grisalha,
Já largava a labuta
Girando pelo ar
"-Você sentiu saudades de mim?,
-Você ficou com muitas saudades de mim?"
...Era sempre assim
...Era como se ele viesse,
De um tempo distante
Que os anjos o enviaram,
Simplesmente pra despertar
Qual jabuticaba
...Aquela criatura
Assim que a via
E logo dizia:
-Oi tia!...
Estivesse, onde estivesse
Estivesse, onde estivesse
Ele a reconhecia...
Já largava a labuta
Do seu dia-a-dia
Pra ganhar o abraço
E sentir a magia,
Se envolvendo num laço
Da mais pura energia...
Ele suspenso
Em seus braços,
Em plena euforia,
Começava a falar:
-Você ficou com muitas saudades de mim?"
...Era sempre assim
...Era como se ele viesse,
De um tempo distante
De histórias de amor sem fim
Pra lhe dizer num breve instante;
Simplesmente pra despertar
A importância de se amar...
... Seus olhos negros,
... Seus olhos negros,
Que traziam a certeza
Do final da tristeza
E da alegria que não se acaba
Tão pequena
De expressão inocente,
Espontânea e serena
Na sua simplicidade,
De expressão inocente,
Espontânea e serena
Na sua simplicidade,
Mostrando
O quanto a vida vale a pena!
O quanto a vida vale a pena!
Leninisia Alencar
"
"Maycon Douglas, 4 anos, aluno do Estágio 1 D," BVO "que faltava muito.
Mas, que toda vez que me via tinha este tipo de reação, da qual eu me emocionava muito"