Encontro mascarado

 Nos lábios,

um batom formoso

Para um sorriso agradável...

Nas mãos,

um creme cheiroso

Para um aperto amigável...

No dorso,

um perfume gostoso

Para um abraço confortável...

Ah!

 Mas tudo isso,

 é pro futuro!

No momento,

 nada é seguro.

É tudo muito instável...

Agora,

 só da pra se aproximar

se tocando por um olhar

cheio de expressão amável...

Leninisia Alencar

( Tempos de pandemia, quarentena, isolamento,distanciamento,etc, etc, etc...)

Para Elas

Há quanto tempo
Não vejo as moças
Que carregam
Livros e cadernos

Que adentram
Às salas
Cheias de falas
Com postura firme
E olhos maternos

Sempre apressadas
Pelos corredores
Tão graciosas  
E cheirando a flores

Vivem rodeadas
De crianças e brinquedos
Contam histórias encantadas
Sobre magias
E muitos medos

Animam festas
E brincadeiras
Dançam de tudo
Que baladeiras

Expõem em artes,
Se fantasiam,
Fazem teatro
Umas Arteiras!

Quando competem
É só gargalhada
São as rainhas
 Da criançada

Ai que saudades 
De todas elas
Que agora belas
Em suas casas
De olhares postos
Por sobre as telas

Leninisia Alencar


(Vivemos tempos de Pandemia e temos que ficar em nossas casas e fazer o teletrabalho.
Queria homenagear as professoras da EPG BVO que estão dando o melhor de si para atender os alunos em sua casas)

Um Conto de reza

Ouvi uma história
Que parecia assombrada
Mas no seu desenrolar
Foi ficando engraçada...

Era uma moça que contava
Sobre um rapaz muito bonito.
Porém, enquanto ela narrava
Ficou um tanto esquisito...

... Dizia que eles eram amigos,
E costumavam se encontrar
Durante a noite no cemitério
Mas somente pra rezar!???

Mostrou a foto do soldado:
Muito belo e de arma na mão
Mas ela jurava de pés juntos
Que não namoravam não!???

Quem ouvia tudo aquilo
Achava tão interessante
É que no final de tudo
A história era picante!!!

Leninisia Alencar

Um beijo Tati, você alegra os nossos dias

Abel

A balança vai
A balança vem
Ele fecha os olhos,
sorri e sorri
Parece se sentir
tão bem...

Ele ainda é tão Neném
O que será que imagina
no seu mundo de inocência
Não poderemos saber 
por nenhuma ciência...

Só a balança que o embala
É que lhe desperta a fala
No sorriso vespertino 
dos seus lábios de menino...

Leninisia Alencar


( Abel é um menino autista tem 4 anos, ele se sente muito feliz quando brinca no balanço)

Sophia Vitória

Tão frágil, tão pequenina
Graciosa e delicada
Mais parece uma menina
Que no papel foi rabiscada

É falante e perspicaz
Pode nos reconhecer
Com a audição sagaz
Que faz parte do seu ser

Já aprendeu muitas coisas
Já fez muitos amiguinhos
Já é capaz de se conduzir
Na descoberta por novos caminhos

Adquiriu confiança
Floresceu sua destreza
Demonstra tanta segurança
No seu sorriso de princesa

Se levanta da cadeira
E caminha até a porta
Pega o trinco, abre e fecha
E é assim se comporta:

Segue pelo corredor
Mãos abertas pelo ar
Tateando pelas paredes
Até o destino encontrar

Mas na ida e na volta
Durante o seu caminhar
Existe alguém a seguir seus passos
Como um anjo a lhe guardar...

E assim a vida nos ensina
Sobre a proteção Divina
Mostra todo o seu saber
Através de uma menina

Leninisia Alencar

( Sofia Vitória é uma aluna deficiente visual da EPG Benedito Vicente de Oliveira que tem nos emocionado muito com o seu desenvolvimento. Um beijo para a estagiária Giulia que tem feito um trabalho lindo junto à aluna)

Dançar na chuva

Era uma intensa tempestade
Chovia copiosamente
O vento soprava forte
Ficou escuro de repente:

Virou um grande aguaceiro

Na rua, criou-se
uma enorme enchente...
A árvore, toda molhada,
dançava alegremente:

Balançava os seus galhos,
freneticamente
Como ela estava contente
Comemorava tão feliz
desde a copa
até a raiz.

Leninisia Alencar