Nunca mais as folhas secas
e flores murchas espalhadas pelo chão
Nunca mais pétalas de rosas
bem cor-de-rosa em cima do metal negro
fazendo confusão.
Tudo isto porque não haverá mais
quem as traga pela mão.
Elas que sempre foram roubadas
das cercas, dos muros e até do portão.
Porém, não se correrá mais riscos,
porque ninguém mais vai roubar Hibiscos.
Mas o simples vaso branco
tão singelo e solitário,
Ficará lá no seu canto
de prontidão e sentinela,
Sempre a esperar uma flor para ela.
Ah,mas quem é ela?
Ela é aquela que só vive sobre a tela
E não da a mínima se a mesa, se a cadeira,
ou mesmo se a sala é dela.
Ah! E ainda faz de tudo para não parecer bela
E nem gosta da Cinderela!
Ao contrário, com suas maneiras,
faz de tudo pra lembrar A Gata Borralheira.
Chega sempre de mansinho
Pisando devagarinho.
No semblante uma expressão sensível:
como que a pedir
para se tornar invisível
E quem quiser disto tudo
desfrutar um pouquinho,
será bom que se apresse.
Porque ela é como a brisa:
Rapidinho desaparece!
(...)
Mas não vamos ficar assim,
sempre tudo tem um fim!
E aquele ambiente,
não ficará descontente.
Porque lá nos cantinhos,
ficaram uns vasinhos:
plantados com alguns
raminhos
Que certamente foram
roubados dos quintais
vizinhos!
Leninisia Alencar
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