Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares
Quinta-essência de cantares
Insólitos, singulares...
Cantares? Não! Quintanares!
Quer livres, quer regulares,
Abrem sempre os teus cantares
Como flor de quintanares
São cantigas sem esgares
Onde as lágrimas são mares
De amor teus quintanares
São feito esses cantares
De um tudo-nada: ao falares,
Luzes estrelas luares.
São pra dizer em bares
Como em mansões seculares
Quintana, os teus quintanares.
Sim, em bares, onde os pares
Se beijam sem repares
Que são casais exemplares
E quer no pudor dos lares
Quer no horror dos lupanares
Cheiram sempre os teus cantares
Ao ar dos melhores ares
Pois são simples, invulgares
Quintana, os teus quintanares
Por isso peço não pares,
Quintana, nos teus cantares
Perdão! digo quintanares.
Quer livres, quer regulares,
Abrem sempre os teus cantares
Como flor de quintanares
São cantigas sem esgares
Onde as lágrimas são mares
De amor teus quintanares
São feito esses cantares
De um tudo-nada: ao falares,
Luzes estrelas luares.
São pra dizer em bares
Como em mansões seculares
Quintana, os teus quintanares.
Sim, em bares, onde os pares
Se beijam sem repares
Que são casais exemplares
E quer no pudor dos lares
Quer no horror dos lupanares
Cheiram sempre os teus cantares
Ao ar dos melhores ares
Pois são simples, invulgares
Quintana, os teus quintanares
Por isso peço não pares,
Quintana, nos teus cantares
Perdão! digo quintanares.
"Poema de Manoel Bandeira para Mario Quintana: recitado em 25 de agosto de 1966 em homenagem aos 60 anos de Quintana"
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