terça-feira, 4 de junho de 2013

O balaieiro

Lá vai o vendedor de  balaio
Cantando  a cantiga
Que é muito antiga:
"Oi segura, segura! 
Se não eu caio"

Vai pelas ruas de pedras
Marcando o compasso
Caminhando leve
Na cadência do passo

Ele anda descalço,
Enfrenta o percalço
E segue com cuidado
Pra não pisar em falso

Seus braços são fortes
Suas pernas potentes
Suas mãos calejadas
Seus pés são valentes
Sua tez é queimada
Seu rosto imponente

Tem na  sua cabeça,
Um grande chapéu de palha
Cabelos ao vento, 
não se atrapalha
No olhar indeciso,
um expressar preciso
Nos lábios o sorriso,
Respirar, é conciso

Leva em cima dos ombros, 
Com muito balaio
E também com esteira
Um galho forte envergado
Mas este não quebra,
É pura madeira!

Leninisia Alencar


Nenhum comentário:

Postar um comentário