Todo dia bem cedinho
Ao buscar a luz do dia
Dou de cara com o vizinho!
Que visão mais bela...
Ele construiu seu ninho
Bem naquele poste
Que fica de frente
À minha janela...
Leninisia Alencar
"Amo esse casal de Bem-te vi"
sábado, 24 de outubro de 2015
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
Na hora do medo
Começou a dar errado
Levantou uma enorme bolha
E o local ficou inchado
Na pele fina, que mais parecia
Uma frágil folha
Foi uma briga feia:
Furo após furo
No braço amarrado,
Contorcido e estirado
E uma agulha que serpenteia
Tentando acertar a veia...
Eram muitos os fiascos
Tendo que me manter firme,
Encarando um pote ao lado
Que continha pra encher
Mais de uma duzia de frascos!
A moça de branco
Ficou insegura
Nas suas faces alvas
Pintou um certo rubor
Já a essa altura,
Tava difícil de suportar a dor...
Então fechei os olhos
E lembrei do Moço,
Que um dia sozinho
Lhe enfiaram pregos
E cravaram-lhe espinhos
E Ele sofrendo quietinho,
Nesse momento falou de amor...
...Durante esse pensamento,
Foi enviado o alento:
Um rapaz de calmo semblante
E aspecto seguro,
Pegou minha mão
E de forma confiante
Fez a certeira incisão
Pondo fim àquele tormento
Amém!
Mais um exame
Que terminou bem.
Leninisia Alencar
Levantou uma enorme bolha
E o local ficou inchado
Na pele fina, que mais parecia
Uma frágil folha
Foi uma briga feia:
Furo após furo
No braço amarrado,
Contorcido e estirado
E uma agulha que serpenteia
Tentando acertar a veia...
Eram muitos os fiascos
Tendo que me manter firme,
Encarando um pote ao lado
Que continha pra encher
Mais de uma duzia de frascos!
A moça de branco
Ficou insegura
Nas suas faces alvas
Pintou um certo rubor
Já a essa altura,
Tava difícil de suportar a dor...
Então fechei os olhos
E lembrei do Moço,
Que um dia sozinho
Lhe enfiaram pregos
E cravaram-lhe espinhos
E Ele sofrendo quietinho,
Nesse momento falou de amor...
...Durante esse pensamento,
Foi enviado o alento:
Um rapaz de calmo semblante
E aspecto seguro,
Pegou minha mão
E de forma confiante
Fez a certeira incisão
Pondo fim àquele tormento
Amém!
Mais um exame
Que terminou bem.
Leninisia Alencar
sábado, 17 de outubro de 2015
Deserto
Quanta solidão
Ninguém
fala sim
Ninguém
fala não
Nenhum
sinal
Ninguém
fala bem
Ninguém
fala mal
Ninguém
justifica
Ninguém
dá uma dica
Ninguém
explica
Ninguém
complica
Ninguém
implica
Ninguém
fuxica!
Mas que
borda!
Ninguém
concorda
Ninguém
discorda
Ninguém
dá corda
Ninguém
aborda
Ninguém
acorda
Num silêncio
de coruja
Sem bandido
que fuja,
Um chão
que não suja...
Sem presença
que se insurja,
Um som
Ninguém
fala sim
Ninguém
fala não
Nenhum
sinal
Ninguém
fala bem
Ninguém
fala mal
Ninguém
justifica
Ninguém
dá uma dica
Ninguém
explica
Ninguém
complica
Ninguém
implica
Ninguém
fuxica!
Mas que
borda!
Ninguém
concorda
Ninguém
discorda
Ninguém
dá corda
Ninguém
aborda
Ninguém
acorda
Num silêncio
de coruja
Sem bandido
que fuja,
Um chão
que não suja...
Sem presença
que se insurja,
Um som
que surja!
Uma tempestade
que urja!
Sem
ganho
Sem
perda
Não há
direita
Não há
esquerda!
Falta caminho
pro ser sozinho
Só o indicio
do precipício!!!
Leninisia Alencar
Uma tempestade
que urja!
Sem
ganho
Sem
perda
Não há
direita
Não há
esquerda!
Falta caminho
pro ser sozinho
Só o indicio
do precipício!!!
Leninisia Alencar
Tabuleiro
Quanto mais
se faz
Menos
se fez
E quando
chega a hora
E a vez,
E a vez,
É apenas 1,2,3
E ninguém mais tem vez....
E ninguém mais tem vez....
Parece um jogo
de xadrez
Não vale a intenção,
nem o esforço
e nem a razão
O que vale mesmo,
é a condição
O valor da peça,
depende da sua
atual posição!!!
Leninisia Alencar
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Oscilante
Sua certeza,
Não é confiável
Sua firmeza,
É abalável
É tarja preta
Fala sozinha,
Expressa às ideias
Fazendo careta
Gosta de andar nua
Tropeça e cai
No meio da rua
Esquece onde está
Pra onde vai,
De onde vem
Sabe que não está bem
Se atrapalha com hora,
Dia, mês e ano.
É a encarnação do engano!
Não é confiável
Sua firmeza,
É abalável
É tarja preta
Fala sozinha,
Expressa às ideias
Fazendo careta
Gosta de andar nua
Tropeça e cai
No meio da rua
Esquece onde está
Pra onde vai,
De onde vem
Sabe que não está bem
Se atrapalha com hora,
Dia, mês e ano.
É a encarnação do engano!
Não sabe aonde estão as coisas
Leninisia Alencar
Não lembra se pagou as contas,
Se tomou os remédios...
Qualquer hora, entra pelo cano!
Às vezes, é tão estranho...
Não quer tomar banho!
Vive olhando pro céu
Sonhando com as asas
Quer andar pelo mundo
Como dentro de casa
Imagina que a liberdade
Seja um imenso quintal
Sem portão e sem grade,
Se tomou os remédios...
Qualquer hora, entra pelo cano!
Às vezes, é tão estranho...
Não quer tomar banho!
Vive olhando pro céu
Sonhando com as asas
Quer andar pelo mundo
Como dentro de casa
Imagina que a liberdade
Seja um imenso quintal
Sem portão e sem grade,
E sem o perigo do mal...
Leninisia Alencar
domingo, 4 de outubro de 2015
Atada
...Tão afim...
De ir embora,
De cair fora,
De dar o fora...
De por tudo pra fora
De jogar tudo fora!
Mas, ainda não é hora...
Embora,
Eu tenho a liberdade
De acabar com essa demora.
Mas, não agora!
Não agora...
Leninisia Alencar
sábado, 3 de outubro de 2015
Enquanto te esperava
A Primavera chegou!
A branca, a pink e a lilás,
Se debruçaram sobre o muro
Sem ao menos olharem pra trás;
Sabe aquele lindo Ipê,
E na parte central,
Em meio ao arvoredo.
Sem ao menos olharem pra trás;
Derramaram suas flores pelo chão,
Pra quando você passasse pelo portão
Sabe aquele lindo Ipê,
Alto e elegante?
Se ajeitou todo pra você.
No seu porte exuberante
E atento à sua chegada,
Floreceeeeeuuuuuu:
Ficou tão radiante,
Que ao vê-lo tão belo
Com o seu ouro amarelo
O Sol se ofendeu!
As Roseiras também floriram
Ficaram com rosas tão abertas:
Rodadas como saias,
Destacando seu forte escarlate
Em meio às samambaias
Até aquela Azaléia,
Um tanto tímida e meio torta
Que vive sozinha do outro lado
Naquele canto perto da horta:
Que ao vê-lo tão belo
Com o seu ouro amarelo
O Sol se ofendeu!
As Roseiras também floriram
Ficaram com rosas tão abertas:
Rodadas como saias,
Destacando seu forte escarlate
Em meio às samambaias
Até aquela Azaléia,
Um tanto tímida e meio torta
Que vive sozinha do outro lado
Naquele canto perto da horta:
Mesmo diante de todo calor,
Se colocou toda em flor
Só pra te ver passar pela porta
Se colocou toda em flor
Só pra te ver passar pela porta
E na parte central,
Em meio ao arvoredo.
Com sua beleza real:
A Callistemon, sem medo
A Callistemon, sem medo
Encheu-se todinha de flores!
Balançando seus lindos
Cachos vermelhos
Para receber os beija-flores
E lá no fundo,
Perto das Goiabeiras,
O pé de Pitanga floriu-se
E todo de branco vestiu-se
O pé de Pitanga floriu-se
E todo de branco vestiu-se
Parecendo uma noiva faceira,
Aguardando a sua volta:
E se manteve assim,
A semana inteira...
Leninisia de alencar
(Para Rosemeire De La Vega)
A semana inteira...
Leninisia de alencar
(Para Rosemeire De La Vega)
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