sábado, 17 de outubro de 2015

Deserto

Quanta solidão
Ninguém 
fala sim
Ninguém
fala não 

Nenhum 

sinal
Ninguém
fala bem
Ninguém 
fala mal

Ninguém
 justifica
Ninguém 

dá uma dica
Ninguém
explica
Ninguém
complica
Ninguém
implica
Ninguém
fuxica!

Mas que
borda!
Ninguém

concorda
Ninguém 
discorda
Ninguém
dá corda
Ninguém
aborda
Ninguém
acorda

Num silêncio

de coruja
Sem bandido
que fuja,
Um chão
que não suja...
Sem presença
que se insurja,
Um som 
que surja!
Uma tempestade
que urja!

Sem  

ganho
Sem 
perda
Não há 
direita 
Não há
esquerda!

Falta caminho

pro ser sozinho
Só o indicio 
do precipício!!!

Leninisia Alencar


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