segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Um dia de Noel

Quem seria o Papai Noel?...
Uma pessoa encantada?
Uma bruxa?
Uma fada?
Quem, se prestaria ao papel?...

Quem ousaria
A viver tal magia,
A vestir fantasia
Pra trazer emoção
E nos encher de alegria?...

Quem,
Que faria esse bem?
 Tocaria o sino
Pra lembrar o menino 
Que nasceu em Belém?...

Quem?
Fez sorrir os adultos,
Deu presente às crianças
E brincou com  o neném?

Quem?...
Vou contar o segredo
Mas, que não saia daqui!
Quem se doou sem ter medo,
Foi o japonês ali
Hi, hi, hi, hi...

Leninisia Alencar

(Homenagem a nosso colega de trabalho Wagner por seu lindo gesto de doação) 

A hora do adeus

...Adeus Benedito!
Chegou a hora de partir
Vivemos um sonho tão bonito
Mas agora, eu tenho que ir.

...O que levo deste tempo contente,
Em que se faz o meu presente
É uma amizade de longa era
Porém, é chegado o momento
Porque ali na frente 
O futuro me espera!

... Aqui se fez meu aprendizado
De infância cheia de  alegria.
Por isso, já posso deixar por escrito
A saudosa lembrança que vou ler um dia
Na memória viva do meu passado.

...Adeus Benedito!
Minha escola querida
O primeiro passo da minha vida,
Minha  primeira conquista,
Meu primeiro legado...


Leninisia Alencar

( Despedida do primeiro ano EPG Benedito Vicente de Oliveira)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Um dia no parque (piquenique)

Pula-pula, Cama elástica e Tobogã 

Dá um pulo alto,
Um giro e um belo salto
Faz que vai e não vai
E todo mundo cai
Ninguém se machucou
Mas alguém gritou um, aiii!

Sobe e escorrega
Vem descendo e não me pega
Solte suas mãos colega!
Não dá pra sentir medo
Que delícia esse brinquedo!

Piquenique
,
Num dia normal
Fomos todos pro quintal
Forramos todo piso
Sob um festival de risos
Gostamos do programa
De poder sentar na grama.

Trouxemos os quitutes
 Ficou tudo ajeitado,
 Todo mundo já sentado
Que bela arrumação,
Nossa mesa era no chão!

Começou o come, come,
 Os beiços  lambuzados
Só se ouvia os tic, tic 
Que diversão mais chique 
Foi o nosso pic nic!

Leninisia Alencar

(Semana de encerramento na BVO Benedito Vicente de Oliveira: 02/12/2014) 

Futebol de sabão

Futebol de sabão

A bola vai rolando 
Na água e sabão
Os corpos deslizando
Em meio à confusão
Tem espuma voando 
Do pé e da mão
Gritos e gargalhadas
Traduzem a emoção.

 Praia

O corpo que se espalha
Em cima da toalha
Se estique e não saia
O sol está gostoso
Não fuja da raia,
Vamos brincar de praia!


Leninisia Alencar 

( Brincadeiras da semana de encerramento na EPG Benedito Vicente de Oliveira:01/12/2014)

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Na convivência do dia-a-dia

Agentes de portaria

Abrem-se os portões
E começa a alegria
Alguém organiza a entrada
Para início do nosso dia
Legal a hora da chegada
Com o Agente dizendo, bom dia!

Cozinheiras

Aquelas mulheres de branco,
Que a gente vê lá do banco
Usando chapéu colorido;
Elas fazem tremendo alarido
Com suas imensas panelas.

Quando vamos nas janelas 
Pegar o alimento gostoso
É tão bom receber no balcão
Aquele olhar carinhoso 
Que nos aquece o coração

Pessoal da limpeza

As moças que vestem azul,
Trazem sempre um sorriso no rosto
E um gesto amigo na mão
Arrumam tudo com gosto
Na maior descontração

Vivem fazendo espumas
Às vezes parecem fadas
Deslizando na água e sabão
Nossa escola é sempre bem limpa
Brilham as mesas e brilha o chão.

Administração

Numa escola tem muita gente:
Nos ensinam, as professoras
Nos atendem, os assistentes
Os apoios, sempre presentes
Nos ajudam as coordenadoras
E temos a vice e a diretora


Leninisia Alencar

(Homenagem dos alunos do 1° Ano para os funcionários da EPG Benedito vicente de Oliveira)


O quintal do Benedito

Tem morango, tem limão,
Pimenta bem colorida
Do tipo que é bem ardida,
Tomate e manjericão

Hortelã com alecrim,
Salsa verde no jasmim
Flores branca, vermelha e rosa
Primaveras junto às rosas

Afinal, o que que é isto,
Uma horta ou um jardim?!
Se eu te contar, você se assombra...
Arvoredos que dão sombras,

Gente no pé de goiaba,
Tem colheita de pitanga,
E um carregado pé de manga.

Fizeram festa na escola
Com um prato de acerola!


Leninisia Alencar


sábado, 22 de novembro de 2014

Incógnita

Um ser sem perfil,
 Vela sem pavio,
Um não sem til
Que mentiu
Que não viu,
Que não sentiu
O poço vazio,
O leito sem rio,
O inverno sem frio
E o sol arredio...
Que não deu um pio
Quando ouviu
O assovio 
Do vento vadio
A fazer rodopio
No terreno baldio
Em pleno tempo estio
Há estar por um fio.
Então fingiu
Que ajuda pediu
Depois fugiu
E pra sempre sumiu!


Leninisia Alencar


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Elo de amor

Ao te olhar
Naquele pequeno leito,
Pulsou forte dentro do peito!
Nunca pensei, que fosse 
 Amar alguém desse jeito...

Senti vencido  todo cansaço
Ao envolvê-lo no meu regaço
...Ainda sonho com a emoção
De carrega-lo em meus braços...

 ...Ah, esse amor...
Que nasceu antes de sua existência,
Vai sempre me acompanhar
Na eternidade da minha essência...

...Apesar de toda distância,
Apesar não ver sua infância,
Acredite, contigo estarei
Em todas as instâncias
E em qualquer circunstância...
 
                     Te amo

(Para Nuno Fernando meu neto)

Leninisia Alencar

Pesadelo

Quando medonho
Está mais risonho
Que o normal,
O desespero é geral!
Pois todos sabem
Que é interminável
Esse terrível sonho
E que o indomável
E temível bisonho
Jamais, 
fica tristonho...


Leninisia Alencar


(Abençoadas sejam as professoras!)

Despertar sem beijo

Mafalda
Era uma fada
Disfarçada 
De menina 
Encantada
E andava
De mão dada
Com uma 
Princesa alada
Um dia, 
Deeeeeu risada...
Daquela vida 
Engraçada,
Já não restava
Mais nada;
Viu que estava
Acordada,
Levantou-se
E seguiu a 
Sua estrada

Leninisia Alencar



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Despedida

Berçário

Primeiro eu chorava
A chupeta caía
No carrinho eu ficava
Então alguém cantava
E logo eu dormia.

Berçário 2

Vieram as brincadeiras
Eu só pulava e corria
No meio de tantos brinquedos,
Um mundo de fantasias
E tudo era alegria.

Maternal

Na ponta dos dedos a tinta
E a curiosidade que pinta
A palma da mão no papel
Fazia artes na sala
Brincando de carrossel.

Estágio 1

O lápis que na mão eu tenho
Vou colorindo o desenho,
Contornando toda figura,
Do jeito que estou esperto,
Às vezes ninguém me segura!

Estágio 2

Escrevo meu nome inteiro
Diferencio letras de números
Vou lendo algumas palavras
Entendo o abecedário,
Conheço o meu aniversário!

1° Ano

Já sei o dia e a hora,
A semana, o mês e o ano
Sou capaz de fazer contas
E contar histórias de faz-de-conta
Terminei o 1° Ano...

...Sei que dei muito trabalho
Precisei e recebi atenção
Por isso agradeço a escola
Benedito Vicente de Oliveira
De todo o meu coração!

(Para despedida da turma da professora Elizabete Ferreira)

Leninisia Alencar

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Cortadas da vida

Sonhava contar uma história;
Usando a imaginação como transporte
Se pôs a viajar no enredo
Mas chegou uma tesoura atrevida
E se enfiou entre os seus dedos.
Desceu depressa pra vida
Antes que levasse um corte!

Leninisia Alencar

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Karma

Sempre me pergunto,
O que foi que fiz
Pra te merecer como amigo?
E o que teria feito tu,
Pra merecer tal castigo?
Me diz?...

Leninisia Alencar

(Para Andreia Paixão, minha amiga)

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Passagens

Partiu o jovem guerreiro...
Levando consigo
as lembranças de amigos
Deixando conosco a saudades
de um bom companheiro.

...Vá! E seja feliz
Siga seu destino!
Um último pedido,
Tão cedo não perda
Sua essência de menino...

Leninisia Alencar

( Ao querido amigo Gesse)

sábado, 1 de novembro de 2014

Falha nossa

O que deu errado na raça
É que desandou a massa 
Na hora da preparação
Era boa a intenção.
Mas devido ao desando,
Tão cedo esta pobre
 Não saberá,
O que é a perfeição.

Leninisia Alencar

Madona mia

...Eis que te vejo
E já me assoma um  lampejo
De correr em direção
No sentido àquele vão
O que mais desejo  
E ter seu abraço,
Ganhar o seu beijo
E lhe falar do meu bem  querer...

...Estamos em situações opostas,

Você está de costas
E não pode me ver!

Ainda sou tão pequeno

Nem sei contar até dez...
Mas sei o quanto te amo!
Então passo pertinho,
Ando devagarinho
Te admirando 
Da cabeça aos pés...


Leninisia Alencar


( O filhinho de uma professora no refeitório olhando a Mãe com seus alunos)

Quadro Moça comendo pitanga:

Cenas do cotidiano
  
O que o poeta diria
 Se olhasse o quadro do dia?

... Num mundo de tanta zanga,
Ver a moça de azul
Tão viçosa e sorridente
Desfrutando alegremente
Da colheita de pitanga...


Leninisia Alencar

(Um beijo para minha amiga Dilenice Chaves que foi a musa inspiradora desta poesia)

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Tem alguém aí?

Entrou na sala de repente,
Falando apressadamente
Puxou a cadeira
E sentou em frente
Da moça que trabalhava 
 Calmamente...
Dizia o problema ser urgente:
Sem se dar conta 
de todos os presentes,
Criou uma situação divergente
Aí, percebeu de repente  
 Que a turma toda ria
E alguém, silêncio pedia!
Esqueceu de prestar atenção,
Era a hora da reunião
Como também esquecera
Do fator limitação;
Pois ambas portavam déficit:
Uma visual, a outra audição...

Leninisia Alencar


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Benedito fazendo Arte

Tem papel
Tem papelão
Cartolina
E cartão
Muita cola
Derramada
Tinta de pintar
Com a mão.
Aiiiiiiiiiii!
 Cola quente
No dedão!

Nas figuras
Têm colagens
De sementes,
Grãos e vagens
Tnts com paisagens,
Um universo 
de imagens
Que vai do teto
Até o chão
Alguém disse
Com sorriso,
Espalhe areia
Neste piso!

Gruda folhas
Na pintura,
Põe verniz
Nesta textura,
Jogue a tinta
Nos painéis,
Faça aparecer
Nas telas
A magia
 dos pincéis
Utilize a gravura,
 Monte a bela 
Escultura!!!

Giz de cera
Esfrega a lixa
Passa o ferro
Com a mão,
A estampa
Que aparece,
Causa espanto 
E emoção!
Molde, molde 
Esta massinha,
Tudo vai pra
Exposição!

A tesoura 
Vai cortando
O isopor 
Já tá pintado
Garrafa pet 
Tem bastante
Junto ao rolo
De barbante 
Os palitos de 
Sorvetes?
Estão próximos
Aos cavaletes!

Salpicaram 
 lantejoulas
Nos desenhos
 animados
Muito glitter
 espalhado
É brilho
 pra todo lado.

Vai ser tão
exibido
Esse imenso
colorido
Nas lembranças
 o amor
Feitas com 
lápis de cor...

leninisia Alencar

(Exposição de Arte: Com água e pincel vou até o Céu : EPG Benedito Vicente de Oliveira; 06/11/2014)

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Um sonhar inocente

Sonhei  que podia voar
Estava além das alturas
Num bater de asas perfeito
O vento batia em meu peito
Tinha pleno domínio do ar.

Voava por sobre as nuvens,
Atravessando o Oceano
Era divino o planar...
Meus olhos já avistavam
Aonde eu queria pousar.

...Fui arremessado ao chão,
Um projétil de longo alcance,
Com certeira direção
Acertou em cheio meu peito
Pondo fim à minha ilusão...

As vozes ao longe gritavam: 
Fora! Aqui nãooo!!!



Leninisia Alencar



sábado, 25 de outubro de 2014

intrínseco

Me sinto 
confuso
cafuzo
difuso...
Por vezes
recluso
Excluso
E até 
escuso.
Mas nunca
incluso!!!
Às vezes,
intruso
Caído em
desuso
Suspeito de
abuso,
Fazendo 
mal uso
De tudo
que uso...
Muitas vezes
me induzo, 
À perder
parafuso
Então me 
reduzo...
Enfim,
um ser
Obtuso!

Leninisia Alencar

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

À espreita

Trago minha mente
Segura pela mão
Se deixa-la solta,
Periga cair no vão
E a busca, 
Pode ser em vão!

Ela é como uma criança:

Pode sair à brincar
E se perder de repente
Entre o estado letárgico
E o estado lactente...

E não saber mais voltar

Para o meio cognitivo,
Não conseguindo lembrar
De como mantê-lo ativo...


Leninisia Alencar

Msn Dr Victor

Ultimato
 
Vamos, raios e trovões!
Cortem os céus,
Façam clarões!
Atraiam as nuvens densas,
Desperte-as com explosões!
Tragam chuvas intensas
Com relâmpagos e estrondões! 
E se cair muita água,
Nós soltaremos rojões!!!


Leninisia Alencar


(Dr Victor ou tio Victor:personagem do Castelo Rá-Tim-Bum; Programa infantil da TV Cultura)

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Metamorfose interrompida

Se esgueirava desengonçada
Pelo corredor inquieto
Num arrastar de lagarta cansada
Que acabara de cair do teto

Os pequenos a avistaram,
E bem de longe passaram
Sem nenhum toque se quer!

Mas ai veio um adulto,
E a empurrou com o pé!
Pobre taturana preta...

Fora levada ao jardim
Tarde demais, era o fim
Já não havia mais vida
Não mais será borboleta!

Leninisia Alencar

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A visita

Quem cultiva um jardim,
Tem um espaço cheio de flor
Mas quem planta um pé de Primavera,
Tem a companhia de um Beija-flor...

Leninisia Alencar

domingo, 19 de outubro de 2014

Parte do alto

Não há escrúpulos
E nem pudores,
Falacias de veludo
A esconder rancores
No soar de um discurso mudo
Que  traduz em moedas
Seus reais valores!

...É no tilintar da prata
Que se conhece
O tom da bravata!
E no volume do maço
Que se ajusta o nó da gravata!

E é ao som de muitas notas
Que se rege esta orquestra;
A batuta, na mão destra!
O maestro, da o ritmo e o destino
À nave, que pilotas...

Leninisia Alencar

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Contrastes

Hoje, fiz uma poesia,
Que fala da seca 
Que nos assola.
Pra meu espanto,
Ouvi um canto,
Era Águas de Março
E a pessoa cantava
Enquanto lia a minha escrita!
Daí pensei: mal sabe essa moça,
Que  quando fizeram essa canção bonita,
Chovia tanto, tanto, tanto
Que a chuva nem era tão bendita.
Ao contrário dos nossos tempos,
De clima seco que nos tortura
Onde vivemos a rezar
Pedindo água das alturas...

Leninisia Alencar


São Paulo, terra da garoa?...

É pó, é poeira
É fogo, é fogueira
Sujando a calçada
E a rua inteira!

São trilhas de queimadas
A espalhar cinzas
Pelas vias empoeiradas
Asfalto molhado?
Isso é coisa do passado!

Um chão de terra ressequida
Onde a umidade, já há muito
Fora toda consumida
E uma fraca vegetação
Se arrastando pelo vão...

No ar,
Um oceano de poluição
Aonde navega
alheia população...

Um céu eternamente azul:
Com um sol abrasador
De Norte à Sul...

O vento anda tímido, 
A brisa acanhada
As árvores compõem sombras
Com suas folhas ressecadas

O rio ficou tão raso,
Que deixou de criar caso
Carregando seu poluentes:
Não provoca mais enchentes,
Não invade os quintais...

E ninguém sabe mais
O que é uma tempestade,
O que são vendavais!
Não existem mais chuvas, 
Não se vê temporais!

As nuvens, andam à toa
Nem sequer uma garoa!...

O povo que a essa altura
Sonha com a baixa temperatura,
Em seus lamentos e nos seus ais
Pedem aos céus dias chuvosos
Pra salvar os mananciais...

Leninisia Alencar

(Poema feito para a 5ª Mostra de Arte)




quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Uma face de cereais:

Travessuras de bebes

Já andam sozinhos,
Já sabem o caminho,
Não querem mais colo
E muito menos o carrinho!
Uns correm na frente,
Outros soltam da mão,
E escapam da gente:
Uma turma de fujão!
Saem tropeçando,
Vão escorregando
E rolando no chão.
Os mais espertinhos,
Já sobem na mesa
 E pulam nos bancos 
Igual saltimbancos.
Mas tem gente, 
Que tá tão sapeca,
Que faz bolhas no chocolate
Deixando a cara toda enfeitada
Com o cereal da caneca;
Como é o caso da Laurinha
Uma bebê levada da breca...

Leninisia Alencar

(Berçário, hora do lanche)

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Um teto estrelado

O decorador

No banheiro da escola,
Jogam água com sabão,
Lavam tudo com esfregão,
Passam rodo e vassoura,
Enxugando com a mão.
Fica tudo  bem lavado 
Do azulejo até o chão!

...Mas apareceu alguém, 
Do tipo que nunca fica quieto
E no afã da diabrura
Pensou ser um arquiteto:
Molhou o rolo de papel,
Fez  dezenas de bolinhas
E atirou  tudo pro céu
Enfeitando todo o teto...


Leninisia Alencar

(O aluno Vitor Alves  molhou o papel higiênico e jogou tudo no teto do banheiro: a cena era caótica, mas dava uma vontade de rir... Coisas  da EPG Benedito Vicente de Oliveira)

domingo, 12 de outubro de 2014

Ardente

Me pega
descalça
Sem calça
Sem alça
Me alça
Pro alto
Me encalça
Me faz
Dançar valsa
Deslizando
No rio
Igual a uma balsa...

Me enlaça

Me caça
Me assa
Em meio
À fumaça.
Me abraça,
Me embaça
Me enche
De graça
Me embriaga
Como taça
De forte 
Cachaça!


Leninisia Alencar

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Surpresa marcada

Chegara um comunicado
Com a seguinte informação,
Que na próxima sexta-feira,
Haveria uma reunião.
E essa seria geral,
Com todo o pessoal!

"A ordem para
os funcionários;
Chegassem todos
no mesmo horário!"

Reunião com toda equipe
Não é algo fácil!
É  coisa que aliás,
Deixa turma com o pé atrás:

"Seja o que Deus quiser,
Venha o que vier
E salve-se quem puder!"

(O velho hábito do pensamento.
Discutir trabalho,
Sempre um delicado momento.)

"As intempéries do dia-a-dia,
São tantos os desafios
Que por vezes imaginamos,
Tudo estar por um fio..."

"As demasiadas cobranças,
Barreiras à transpor,
Obstáculos a serem vencidos...

Só trabalhando com muito amor
E com espírito de perseverança 
Possibilita melhores esperanças."

Enfim,
chegou a sexta-feira!

A sala repleta,
Um discurso de boas-vindas,
No vídeo uma linda mensagem;
Se tratava de uma homenagem,
Uma recepção completa!!!

O refeitório todo arrumado
Com dança, música ao vivo
e flores na mesa
Acompanhando o delicioso banquete
Que pegou a todos de surpresa...

Leninisia Alencar



(No dia 03/10/2014 a direção juntamente com a coordenação da da EPG Benedito Vicente de Oliveira preparou um festa surpresa para todos os funcionários em comemoração ao dia do professor e também o dia do funcionário público . Toda equipe agradece e parabeniza a todos pelo belo trabalho. Obrigada!)




quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Dia de balada: Semana da criança

O som era da pesada,
A turma veio preparada
Pra fazer uma festa animada!
O que não faltou,
Foi gente fantasiada
O que exaltou o brilho
Da sala decorada.
Até as mulheres de branco
Entraram na parada,
Cantavam, sorriam e brincavam
No meio da molecada...
As meninas de azul, 
Como sempre deram o seu toque
Com a sua aura rosa-choque...
Dançou a direção,
Agitou a coordenação,
As professoras chegaram com tudo,
Foi a maior badalação...
Sem falar nos funcionários 
Que também deram seu tom!
E no comando disto tudo,
Estava a criançada
As reais homenageadas:
Que trouxeram as guloseimas
Por todos degustadas

Leninisia Alencar

(Programação da semana da criança EPG Benedito Vicente de Oliveira)

Dia do pijama: Semana da criança

Havia debaixo da mesa
Dois enormes gatos
Ao lado de um solitário
Par de sapatos
Aí apareceu uma perna,
Como que de imediato,
Esclareceu o fato

Pra quem não tinha
Entendido bulufas,
Acabou por compreender
Que se tratava de uma
 Invasão de pantufas...

Espanto maior,
Foi ver muitas damas
Que igualmente as crianças,
Estavam todas vestidas de pijamas
Como se estivessem acabado
De sair de suas camas!

Elas contavam muitas histórias
E algumas eram  esdrúxulas;
De fadas, chapéuzinhos,
Lobos-maus e bruxas...

Mas de repente,
Os personagens criavam vida,
 Se tornavam reais!
Apareciam pelas salas
Com cestas, casas de doces
 Vassouras e tudo mais!

...Uma explosão
De encantamento e magia
E não mais se distinguia
O real da fantasia
A emoção que contagia:

Vibravam os corações,
Olhares atentos,
Gritos de sustos e risos de alegria.
Muita pipoca e um gostoso suco,
Completaram o sabor desse dia.


Leninisia Alencar

(Programação da semana da criança EPG Benedito Vicente de Oliveira:08/10/2014)

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Dia do Penteado maluco: Semana da criança

O colorido nos cabelos,
O brilho das purpurinas
Salpicado sobre os pelos 
Bem nos olhos das meninas.

Nas cabeças os desenhos 

De estrelas e bolinhas
E o que mais se imaginar 
Enfeitado nelas tinha.

E as bochechas rosadas,

Com pinturas desenhadas
De corações e joaninhas,
Borboletas e gatinhas.

Uma fila de comportados

E ninguém fazia manha:
Pra ter no rosto estampado
O Batmam e o Homem-Aranha.

Também teve brincadeiras,

Animadas e divertidas
E ganharam a espada feita 
De bexigas coloridas.


Leninisia Alencar

(Programação da semana da criança: EPG Benedito Vicente de Oliveira:07/10/2014)
:

Dia de parque : Semana da criança

Havia uma trilha de sapatos,
Muita gente só de meia
Dando volta e volta e meia
Corre pra lá, corre pra cá: 
Vai aqui, vai acolá...
O sabor da liberdade
Só sente nesta idade
Não há tempo mais belo,
Poder saltar na cama elástica
E pular dentro de um castelo...


Leninisia Alencar

(Programação da semana da criança no EPG Benedito Vicente de Oliveira ;06/10/2014)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Proximidades

Seja em primeira
Ou em última instância,
Nossa real aproximação,
É a distância!
Seja qual for, 
A circunstância...


Leninisia Alencar

terça-feira, 30 de setembro de 2014

O Livro que livra

Minha pátria,
A solidão!
O silêncio,
Minha religião!
O pensamento,
Minha tentação!
A liberdade,
Minha ilusão!
A coragem,
Minha obrigação!
O deserto,
Minha real visão!
A escrita,
Minha salvação!
Meu caminho,
Sem direção!
Meu único sim,
É um não!
Meu vício, 
Está sempre à mão;
Basta abri-lo
Para sentir emoção...

Leninisia Alencar




domingo, 28 de setembro de 2014

Astrolábio

Um porto solidão
 Um barco vazio
Um vagar sombrio
Que não tem direção...

Um ser arredio
Sem nenhuma ilusão;
Que de tanto lutar
Pra achar um lugar
Aonde aportar,
Acabou por ter no peito
Uma bússola
No lugar do coração...

Leninisia Alencar


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Encontro

Foi só por um breve instante,
Mas foi o bastante,
Pra mudar,
todo o meu restante...
Já algum tempo faz,
Tive que partir
E deixar tudo pra traz...
E é bem capaz, 
Que eu nem veja aquele menino
Se tornar um belo rapaz...

Leninisia Alencar

( Para Nuno Fernando: meu neto)



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Psssssssssssssss!

Foi baixado um decreto 
Bem na hora do almoço;
Era preciso ser discreto
E ficou proibido,
Qualquer tipo de alvoroço!

... A mudez das mulheres,
Sem tilintar os talheres.
Houve um brinde leve,
Com um toque breve...

 Em silêncio todos comem,
Se comunicam por gestos
A mulher e o homem.

Nenhum um riso,
 ninguém fala!

Tudo isso só porque,
Sua majestade o Bebê
Está dormindo na sala...

Leninisia Alencar

(Para Nuno Fernando: meu neto)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Solidão de Cuki

A Cuki é uma gata
Tá desconfiada
Se sente sozinha
E abandonada...

Ela está achando

Que que ficou sem destino
Depois da chegada
De um certo menino...

Só vive enrolada 

Debaixo da mesa
Pensa que se foi
Sua realeza...

Fica a imaginar 

Que foi posta de lado
Sentindo a gatinha 
Que perdeu seu reinado

Miaaaaaaaaaaaaaauuuuuuuu...

Pobre Cuki...

Leninisia Alencar

O visitante

Adeus Porto,
Dos meus anseios
Dos meus sonhos
E devaneios...

No teu contexto
Meu olhar se farta
Segundo a segundo
Antes que eu parta...

Ante ao arquitetônico despido
Me senti invadido
Totalmente inebriado
Pelo seu colorido
Seus Amarelos-mostarda,
Meu tom preferido...

...A vagar neste ensejo
Perdido me vejo
Ardendo em desejos,
Enamorando, os teus azulejos...

Minha alma a viajar
Por seus antigos casarios
Volitando assombrada
Por seus prédios centenários:

A atravessar janelas
Antigas e envidraçadas,
De cortinas românticas e delicadas.
Na Belle Epóque, se viu, extasiada...  

Então assim esvoaço
Nesse tempo e espaço
Pelas varandas e terraços,
Almejando, ficar em teus braços...

Suas ruas tão estreitas,
Suas pequeninas travessas,
Me fazem esquecer
De um mundo que vive às pressas...

Não raro, tropeçam os andarilhos
Ao se encantarem por seus ladrilhos:
Bebem nas fontes, cruzam as pontes,
Vão pelas praças, correm os trilhos...

Inveja faz-me a gaivota
Pois tem toda liberdade 
E pode ousar em sua rota
Sobrevoando pela cidade:

Decola e pousa sobre os telhados,
Nas chaminés e nos beirais
Paira nos muros, nos tetos dos carros,
Anda nas ruas e desce aos quintais

Suas tentativas sorrateiras
A surrupiar os peixes dos cestos
Como a fazer brincadeiras...

Depois volta pro mar
Para o seu constante ir e vir
Sem nunca se preocupar
Com a hora de partir...

Adeus Porto,
Dos meus anseios
Dos meus sonhos
E devaneios...


Leninisia Alencar

( Dedico este poema ao querido amigo Senhor Rubim)